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2 de nov. de 2010

Dilma concedeu sua primeira entrevista à Rede Record. Conforme já escrevi em outra oportunidade. a principal realização do governo Lula no campo das comunicações foi a quebra do monopólio na TV. Sendo assim, Dilma já parte com uma certa vantagem. O compromisso tácito entre nova presidente e emergente canal foi formalizado ontem.
No setor da mídia escrita clássica, podemos destacar o reerguimento da Istó é. Este periódico foi importante nas eleições, pois pode fazer um contraponto à Veja. Talvez mantenham seu alinhamento editorial ao bloco de centro-esquerda. Vamos ver!!!
Mas e a Carta Capital? Sinto que ainda é um veículo lido por funcionários públicos intelectualizados, além de certos setores progressistas da classe média. Mantem-se neste campo por dois fatores: 1)mídia impressa passar por uma crise série, o que limita a amplitude de sua influência; 2) os outros veículos simplesmente ignoram a Carta. Isto se deve por uma questão de medo da concorrência e, principalmente, pelo comprometimento dos "orgãos tradicionais" com o bloco liderado pelo PSDB/DEM.
Internet: apesar de figuras como Reinaldo Azevedo, noto que os blogs mais influentes na cena política estão mais à esqueda. Falo do Conversa Afiada, Vi o Mundo, Cloaca News, etc.  O risco está numa possível tentativa de descontrução do Governo Dilma via e-mail e redes de relacionamento. Nos EUA, a Extrema-Direita já colhe frutos de uma ação coordenada de combate a Obama.
Voltando ao Brasil. O único campo em que a Direita tem a hegemonia é a dos jornais de ampla circulação. Apesar de venderem cada vez menos, estes meios ainda possuem um grande poder. Não esqueçamos que além dos três grandes, as famílias controlam jornais teoricamente popularescos/marrons que divulgam certos padrões de notícias que, lá na frente, podem pesar contra a esquerda.
Tenho a seguinte certeza: apesar de não possuir o poder de fogo de outras épocas, o PIG/PSDB/DEM tentarão por todos os meios impedir os avanços democráticos. Fiquemos atentos.

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